quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

De um lado e Outro


De um lado eu o ACENDO, do Outro ele me APAGA!
De um lado eu o ACENDO, do Outro ele me APAGA!

Eu não o desejo, é mais forte o seu efeito sobre mim. 
Olhar essa cena me entristece, saber o que fazer e não fazer iria me ajudar?
De um lado eu o acendo, do Outro ele certamente me apagará... 
Eu o acendo só por saber que ele vai me apagar! 
Cedo ou tarde, não importa. Uma hora ou outra ele vai me matar. 
Ah, que graça tem viver assim
Estou procurando motivos para sumir... 
De um lado eu sou adorável, e do outro lado sou um monstro vulgar. 

Você sabe! É, você sabe e eu também sei que tudo não passa de uma peça teatral, na qual a personagem principal acende um último cigarro para aliviar a pressão e depois ela se mata. 
O cigarro lhe matará antes da sua cena acabar.
Ao final ela sorria como se tudo aquilo fosse uma anedota! 
Pena, é uma pena que termine justo antes do final feliz.

Mas, é bem real já que não se trata somente dela ou de uma infeliz mentira teatral, pois trata de mim, dos meus vícios, dos demais seres existentes neste vil mundo. A vida da atriz chegou ao fim, logo será a minha vez, ou a de um outro freguês desse produto tão procurado no mercado das drogas legais.

E até hoje eu ainda não vi ou descobri o que ele tem de tão legal, se me mata devagar, se me seduz e depois me leva ao leito hospitalar. A cada tragada eu ouço os sinos, sei que eles são parte do anuncio de minha morte. Como estarei na hora certeira da minha morte?

3 comentários:

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