sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Adormecida



Ela se mexe e gesticula versos
Tem as mãos amarradas rente
Ao peitoril da cama

Os braços vão vagarosamente
Levantando sem obter vantagem
Dessa maneira

Semi-despertou de sua loucura
Ouve com agonia o som das buzinas
Sonhando floreios e perfumando folhas

Não é bela a imagem dela
Refletida no espelho usado e trincado
Adormecida

Pesadelos vão surgindo em seus sonhos
Gritos sufocados e gemidos abafados
A princesa arde

Figuras embaçadas saem do chão
Criaturas surgem sorrindo sem razão
A dor causa-lhe aflição

Há um pouco de caos nisso tudo
Negar seria vergonhoso
Conte antes do fim

Não cante pela sorte dos anjos
Durma enfim
Fim

8 comentários:

  1. nossa, a o eu lírico esta precisando muito de um tempo no campo, onde as buzinas e o corre corre, abrem espaço para a natureza e a calmaria.

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  2. Adoreiii miga maravilhoso demais!!Sou tua fã!!
    Vanessa Rafaelly

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  3. Hum... interessante, muito interessante. :*

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  4. Um pesadelo ou uma morte calma, sem buzinas. No alarms and no surprises, please.

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  5. "Não cante pela sorte dos anjos
    Durma enfim"

    MASSA. PARABÉNS.

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  6. A parte da "princesa arde" instiga minha imaginação. Ponto pra ti.

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