terça-feira, 10 de maio de 2011

Cismas


O perfume continua no quarto
As flores já morreram
E sumiram da sala

Esse ar abafado não me engana
Não buscarei respostas
Nessa tarde

Pensar demais nunca me satisfez
Algumas vezes apenas falei
O que ela queria ouvir

Outras vezes eu preferi me omitir
Quando escureceu a sombra
Dela simplesmente sumiu

Nessa hora eu me senti mui autista
E o azul do céu deixou-me aflita
Com a brancura das nuvens

Perdi a linha e um pouco além
Parece-me que ela ouvia
Estranha cotovia

Acalmei-me nessa hora delicada
E por suposto apareceu-me
Uma miragem

Cismada fiquei há olhar figueiras
Enquanto ela sorriu faceira
Que ave traiçoeira

3 comentários:

  1. Te juro que eu pensei outras coisas.

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  2. Prefiro não comentar, mas já comentei! xD (cadê a trollface?) Muito fera Genny! (Y)

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  3. 10 anos depois, passadas inúmeras gerações da "estranha cotovia", é possível sentir as cismas presentes neste enredo. A arte é realmente atemporal, meus caros.

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