Hoje somos jovens e nada compreendemos
Sobre o passado triste e doloroso de Macapá.
Essa cidade em que a Fortaleza é exaltada
Já deve ter sido uma vila esquecida pelos
Homens portugueses, os índios bem sabem
Das venturas dessa nossa terra tucuju-ju-ju-ju.
Hoje Macapá não transparece essa vileza
De um tempo calejado em que as mãos
Daqueles negros azarados foram sangradas
Ao carregar rochas imensas e lodosas, sabe
Deus de onde elas vieram, só vemos a beleza
Dessa enorme e velha Fortificação amapaense.
Hoje vemos uma Macapá Moderna, rimos
Das desgraças dos 253 anos e na verdade não
Sabemos se nossas risadas vão durar. Pobre
Povo, pobre gente iludida, imaginando uma luz
Salvadora, enquanto nossas ruas, nossas árvores
E nossas vidas são desconsideradas e molestadas.
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Obs: Poema em homenagem os 253 anos de Macapá, minha cidade tão querida.