Minha Solidão não é mais que uma sensação,
Ignota e dilacerante, envolta nesta casca
Que ousadamente chamo de meu corpo;
Desprendi-me de suas amarras quando
Olvidei dias ermos, placidamente passados
Mediante as fogueiras num campo desolado;
Minha bela musa se chama Solitude!
É para ela que canto e rezo à cada noite
Olhando as estrelas que brilham lá de longe
No céu mais vasto já visto por estes tristes olhos;
Delirantemente me ponho há imaginar sobre
As loucuras que me fazem cortejar a doce
Solidão, perguntando-me se isso é uma obsessão;
Secretamente sei que sofrerei cálidos perjúrios
Por culpa desta minha insana e desgraçada paixão,
Enfim, percebo claramente a cicuta que tomei;
E fui clamando a minha bela musa inutilmente:
Solitude! Solitude! Me ajude! Me ajude!
Solitude, dai-me clemência, bela Solitude!
Oi, sou do Blog Respirando Arte, você passou lá e teve a gentileza de me seguir, estou aqui retribuindo e também para lhe dizer que gostei muito dos seus pensamentos! Abraços!
ResponderExcluirQue expressividade! Senti-me como se lesse Álvares de Azevedo agora. Parabéns, minha querida! Perfeito, amei *--*
ResponderExcluirLara: Ah, nem chego aos pés do Álvares de Azevedo. Mais fico grata pelos elogios. ;****~
ResponderExcluirDavi: Obrigada, gostei muito do respirando arte! ^^