terça-feira, 31 de maio de 2011

Preciso


Preciso dizer que te espero
Preciso dizer que te quero
Preciso dizer que te amo

Preciso voltar à curtir
Preciso voltar à sorrir
Preciso voltar à dormir

Preciso esquecer dessas neuras
Preciso esquecer nossas falhas
Preciso esquecer  meu egoísmo

Preciso olhar dentro de mim
Preciso olhar o sol se pôr
Preciso olhar só para ti

Preciso acreditar sem me opor
Preciso acreditar no nosso amor
Preciso acreditar mais em você

Preciso dizer que te adoro
Preciso te ouvir sussurrar
Preciso voltar a sonhar

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Uns e Outros



Uma gota de vermelho, uma lágrima cinza, 
Um apagador e um lápis verde.

Um suspiro, um olhar tristonho, 
Uma lembrança embaçada e uma lata amassada.

Uma certeza, uma pequena indecisão, 
Um monte de sonhos e um violão.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Sofismas


Sofismar sobre o ar rarefeito
À respeito da vida é o teu erro,
E a filosofia do divã não engana
Nenhuma empatia lusitana.

Excitar profetas nos calabouços do Cairo,
Excomungar bruxos para depois roubar-lhes os luxos
E retirar deles o alimento sagrado tornou-se
O teu habito por algum mero acaso?

Fortificar a terra com fezes de eqüinos
Nunca deu certo, as raízes sabem o cheiro do estrume,
Pois árvores sempre nós dão o alimento frondoso
Na ceara do Universo.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Meiguices


Oh, muito, muito, muito obrigada por lembrar de mim, Lara, adorei o seu selo, combinou demais com o Mensagem Efêmera.
Vou guardar aqui no blog SenhoriTa AlucinanTe com o maior carinho, viu?!
Essa meiga, essa linda, essa fofa, essa bonita sempre consegue me deixar alegre com gestos tão meigos. É por essas e outras que eu espero sempre ter a amizade dessa minha querida @Laritang!*





*Sigam ela via twitter! Hahaha...

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Riscos


Aqueles riscos no papel não são rabiscos?
Aqueles riscos foram feitos sob medida.
Aqueles riscos mudaram a minha vida.

Você acredita se eu disser que fui riscada?
Você não vai dizer absolutamente nada.
Você sempre sabe o que eu penso.

Riscos apavoram-te profundamente?
Riscos confundem há toda gente.
Riscos nunca serão lapidados.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Papel Amassado


Quando dei-te um pouco de atenção,
Recebi um papel amassado,
Esqueci sobre a razão.

Sonhei milhões de sonhos nauseantes
Sem entreter-me com devaneios
Absurda-mente estimulantes.

Falei a cerca da nulidade para os loucos
E imaginei-me a olhar-te entre eles,
Como parte no covil de hienas.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Cismas


O perfume continua no quarto
As flores já morreram
E sumiram da sala

Esse ar abafado não me engana
Não buscarei respostas
Nessa tarde

Pensar demais nunca me satisfez
Algumas vezes apenas falei
O que ela queria ouvir

Outras vezes eu preferi me omitir
Quando escureceu a sombra
Dela simplesmente sumiu

Nessa hora eu me senti mui autista
E o azul do céu deixou-me aflita
Com a brancura das nuvens

Perdi a linha e um pouco além
Parece-me que ela ouvia
Estranha cotovia

Acalmei-me nessa hora delicada
E por suposto apareceu-me
Uma miragem

Cismada fiquei há olhar figueiras
Enquanto ela sorriu faceira
Que ave traiçoeira

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Versos Soltos


Eles estão navegando num rio
Cheio de palavras sem sentido.
Eles não precisam entender o Universo
Se um grão de areia já lhes basta.

A combinação do Infinito não importa,
No limite entre a realidade e o sonho
Concebeu-se a melodia versada em rimas,
Sim, são versos soltos no formato certo.

Sinais vindos da água eles mostraram,
As primeiras vibrações eram cosmológicas.
Serem criados na superfície os transformaria?

Qual o compasso se não há nem nunca houve
A melodia interior? Aqueles versos simples
Sempre ecoaram pelas dimensões multi-reversas.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Ela soube viver



Ela trocou as botas
Ela subiu no palco
Ela cantou ao amor
Ela observou o céu
Ela vestiu minha pele
Ela jogou com o destino
Ela bateu na minha porta
Ela deixou a cama pronta
Ela atrapalhou meus planos
Ela girou no fundo da piscina
Ela rodopiou na encruzilhada
Ela uivou para a Lua-Cheia
Ela fugiu dessa realidade confusa
Ela não parou quando ligaram as luzes
Ela prometeu não me abandonar
Ela subiu em uma nuvem cinza
Ela jogou com o destino
Ela morreu antes