Falta um pouco mais de alma na hora de entender a surrealidade do adeus.
Falta-me calma, ou a calma não falta,
Sinto meus pés afundando na lama,
E chegou a hora de partir.
Entender o adeus,
Compartilhar a tristeza,
Escrevendo sobre a surrealidade do adeus.
Eu não sinto minhas pernas, não sinto o chão,
Sinto apenas o frio em meus ossos,
Estou acenando na chuva.
Falta um pouco mais de alma na hora de sorrir,
Quero entender a surrealidade do fim,
Quase corri ao encontro da dor.
Esse é um quase adeus ou parece um adeus?
Não sei diferenciar o que é do que não pode ser,
Não sei amar sem pensar na trama do fim.
Falta-me um pouco de sentimento,
Quase não vejo além do azul,
Esqueço do adeus.
Entalei na garganta o choro,
Fiquei calada olhando o céu cinzento,
É fácil sorrir quando anoitece e a dor adormece.
A dor da despedida é sempre repartida na dúvida: haverá um retorno? Quando não se sabe se a saída foi um adeus ou até logo, a angústia é pior do que quando se sabe que é o fim. Adorei o poema.
ResponderExcluir' "Carrego comigo o peso de muitas partidas..." - Poucos poemas me deixam com a poesia e posso confessar que esse seu lindo texto me deixou poetisado...
ResponderExcluirParabéns.
Lindimais.
ResponderExcluirfim...
ResponderExcluirnecessário para o recomeço.