quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Distância


Não existe o termo que separe
A tua loucura da minha criatividade?
Distância, distante, distinta, destroçada...
O que você não diz nas entrelinhas?

A tua boca abre, ela fica aberta e nada,
Nenhum som ou ruído é audível, enquanto
Teus olhos vão se fechando lentamente
E percebo a dor que tu deveras sente.

Nesse instante a minha boca se contraí
Nervosamente, não digo nada, sofro calada
Toda a meia hora que se passa, tua pupila
Se dilata, todo o teu ser parece doente.

A distância se faz presente, nossa ligação
Já não existe, somos estranhas criaturas
Amarguradas, nossos destinos se descruzam
Neste breve intervalo, e nenhuma palavra será dita.

Não haverá um "até breve", ou um "se cuide", nem
Mencionaremos nossos nomes, a tua voz, tua doce voz
Não é por mim ouvida, tuas carícias terão que ser por mim
Esquecidas; apertaremos as mãos e tudo terminará?

Genniffer L. Moreira

2 comentários:

  1. A coisa mais triste que já li. Mas é lindo, sem dúvida!

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  2. ...isso é tudo que eu consegui analisar ao pensar na "Distância".


    ;*

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