segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Macapá Moderna



Hoje somos jovens e nada compreendemos
Sobre o passado triste e doloroso de Macapá.
Essa cidade em que a Fortaleza é exaltada
Já deve ter sido uma vila esquecida pelos
Homens portugueses, os índios bem sabem
Das venturas dessa nossa terra tucuju-ju-ju-ju.

Hoje Macapá não transparece essa vileza
De um tempo calejado em que as mãos
Daqueles negros azarados foram sangradas
Ao carregar rochas imensas e lodosas, sabe
Deus de onde elas vieram, só vemos a beleza
Dessa enorme e velha Fortificação amapaense.

Hoje vemos uma Macapá Moderna, rimos
Das desgraças dos 253 anos e na verdade não
Sabemos se nossas risadas vão durar. Pobre
Povo, pobre gente iludida, imaginando uma luz
Salvadora, enquanto nossas ruas, nossas árvores
E nossas vidas são desconsideradas e molestadas.

___________
Obs: Poema em homenagem os 253 anos de Macapá, minha cidade tão querida.

5 comentários:

  1. Faz todo sentido, Macapá ri do passado doentio que teve, os esforços dos escravos e indios foram em vão?
    Bem, pelo menos agora temos um ponto turistico onde não podemos entrar.
    253 Macapá.

    :)

    ResponderExcluir
  2. Talvez se tivessemos carregado algumas pedras não riríamos...

    ResponderExcluir
  3. Isso sim foi uma bela homenagem! Ótimo texto, querida!
    Beijo.

    ResponderExcluir
  4. Selinho e questionário para você no blog, querida (:

    ResponderExcluir

Não se acanhe e comente!