quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Quase adeus

Falta um pouco mais de alma na hora de entender a surrealidade do adeus.


Falta-me calma, ou a calma não falta,
Sinto meus pés afundando na lama,
E chegou a hora de partir.

Entender o adeus,
Compartilhar a tristeza,
Escrevendo sobre a surrealidade do adeus.

Eu não sinto minhas pernas, não sinto o chão,
Sinto apenas o frio em meus ossos,
Estou acenando na chuva.

Falta um pouco mais de alma na hora de sorrir,
Quero entender a surrealidade do fim,
Quase corri ao encontro da dor.

Esse é um quase adeus ou parece um adeus?
Não sei diferenciar o que é do que não pode ser,
Não sei amar sem pensar na trama do fim.

Falta-me um pouco de sentimento,
Quase não vejo além do azul,
Esqueço do adeus.

Entalei na garganta o choro,
Fiquei calada olhando o céu cinzento,
É fácil sorrir quando anoitece e a dor adormece.