terça-feira, 29 de junho de 2010

FIAT VOLUNTAS TUA!

(Seja feita a tua vontade!)


Como quer o Senhor que a vida corra,
Assim a vida corra para mim.
Na solidão, qual galé em masmorra,
Entre amigos, quais flores num jardim.

E enquanto o seu amor a mim socorra,
Livrando Abel, desfazendo Cain,
Para que brilhe a luz e a sombra morra,
Bendirei seu amor até o fim.

Que me sei - pobre alma imperfeita! -
Pensa ao vício, ao ócio ainda afeita,
Vela solta em mar de treva e aflição.

E o amor de Deus é leme dessa nave,
A estrela guia, o Zéfiro suave,
Que me conduz e leva à salvação.

Therezinha Oliveira

. Outro Minuto .

Outro minuto
E mais outro minuto,
Seja gentil e hipócrita!
Seja meu objeto,
Só meu... Seja assim
Por outro minuto!
Sendo só meu...
Seja gentil ou cruel,
Não importa!
Só não
Me abandone
Agora, não agora,
Apenas depois
De outro minuto.

Só mais outro minuto!

Não ligue pro
Resto do mundo,
Seja gentil e me fale
O quanto se importa
E não me importa;
Quem interage
Sou eu... Por apenas
Outro minuto
Eu lhe darei
A felicidade
De vários
Outros minutos.
Seja gentil, seja você
E faça o que precisa
Ser feito, seja gentil
E meu, nesse minuto.

sábado, 26 de junho de 2010

Sarcasmo

Chama-me de Sarcástica, irônica
E sorri lindamente quando me vê;
Perceber a beleza do teu ser me fez
Adorar essa tua maneira de viver, até
O teu sarcasmo ingênuo me endoidece.
Ver a tua palidez, o brilho em teus olhos,
Tudo em ti me faz ter vontade de suspirar
E eu suspiro levemente ao me lembrar dos
Teus lindos lábios vermelhos, carnuda-mente
Apetitosos, saborosos, belicosos, insanamente
Deliciosos, viciosos; imaginar teu corpo, alucina
O meu psicológico, entorpecendo minhas sinapses
Neurais, patologicamente observo a sutileza em
Cada detalhe de sua estrutura ocular, imaginando
As diversas possibilidades da natureza ao te criar.
Sarcasmo, não, loucura pura e simples seria passar
A vida toda sem sonhar com a tua caricia salutar,
A tua voz sussurrante ao me dizer com os teus
Gestos, pois frases roucas não conseguem
Explicar sucintamente o meu jeito
De te amar, e logo um beijo,
Como mel muito doce
Escorrendo pelas
Nossas bocas.
Sarcasmo?
Nunca!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Sábados

Sábados são tediosos,
Sábados são jocosos,
Sábados são duvidosos.
Sábados me deixam
Com sono e fome,
Acho isso triste!
Nos sábados me sinto
Mais solitária do que
De costume.
Esses dias me fazem
Perceber a loucura
Estranhamente.
Me chocando quando
Observo as verdades
Inexistentes.
Aos sábados prefiro
Dormir excessiva
E laconicamente.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Sombras

Escrito em: 25/05/2004.
Revisado em: 20/06/2007.

Passo pavorosa mente entre as trevasDeste meu dia angustiante, horrendamenteImagino-o de forma terrificante, dramaticamente
Vejo-o planar, coabitar substancialmente a beira-mar
Sem o seu mórbido fim, vendo-o assim, doí-me a alma,
Fico à cismar sobre essas suas conjecturas salutares.

Congela-me o coração sentir o lívido frio emanante,
Desta infame Solidão, sinto-me tão só, invadida
Por uma imensa tristeza, sinto-me destituída
De todas as alegrias dessa vida, vejo-me nas
Sombras mais espessas de meu interior.

Suporto mais um dia, um tristonho
E enfadonho dia, um enevoado
E abismado conceito de estar
Morta me tortura a psique.

Busco respostas tortas
E encontro perguntas
Distorcidas, curtas.

Melancólicas e
Sombrias!


 Genniffer Moreira

domingo, 20 de junho de 2010

Meus Vícios


Meus vícios descaracterizam
A minha imagem falsa
De moça inocente.


Meus vícios caracterizam
A minha personalidade,
Sou deprimente.


Meus vícios influenciam
No meu estado corpóreo
Maldosamente.


Meus vícios perniciosos
Atacam violentamente
A minha mente.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Sem Adeus...

... Sem adeus...
Ainda assim, volte;
Adeus, adeus, não vá!

O que irei fazer?
Sem você não vejo
As belezas da vida.

O que se faz agora?
Sem você aqui...
Sem ti me sinto oca.

Nada tem sentido,
O mundo é sombrio,
Só é bom quando estou contigo.

Queria ter você ao meu lado,
Não posso me conformar,
Não dá para sentir consolo.

No meu coração a dor transborda,
Sinto frio e ninguém pode me esquenta,
Você era o meu Sol, o único que eu tinha.

Eras o meu melhor amigo,
Não consigo explicar a solidão
E nem o quanto é bom te amar.

Não houve adeus, entretanto
O amarei eternamente, lembrarei
Docemente dos nossos momentos.



______________
Obs: Escrevi este poema aos meus 9 para 10 anos, após o falecimento de meu progenitor, o poema original era meio bobo, então revisei-o p/postar aqui no blog.
Entretanto, ainda restaram os ares infantis... E eles se destacam, afinal tratam da essência do texto.
A dor, confusão, solidão, tristeza, magoa, e tantas outras sensações angustiantes.
Na época isso era o que eu sentia, verdadeiramente...

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A bonequinha sem vida...

Escrito em: 14/05/2005.
Revisado em: 14/06/2010.

Eu serei sua bonequinha sem vida...
Poderás me usar, entretanto isto
Não significará que irei te amar!
Serei apenas o teu fantoche,
Realizarei todos os teus prazeres,
Complascentemente, somente
O meu corpo te pertencerá!
Terás noites lascinates,
Reinantes das sensações
Inebriantes de tua devassidão.
Impregnadas dessa prevaricação,
Odiosa perversão,
Tediosa presunção.
Sentirei por ti asco,
Nada relacionado
Com o amor partirá
Destes actos vulgares,
Somente a dor, a magoa
E a desilusão.
Sou a tua bonequinha,
Não tenho vida...
Todas as noites choro,
A minha cina é sofrer
Essa minha eterna desventura,
Eu viverei contigo
E se um dia me jogares fora,
Alegraria-me sem demora;
Em certas noites penso
Se lamentarei ou agradecerei-te
Pela não liberdade, mestre,
Sendo solicita e louca.
Analisando as minhas opções
Exuberantes, enquanto
Sou uma boneca,
Beijarei tua pele austera,
Neste devaneio,
Será que selarei nossa
Promessa desvairadamente?
Afastarei tuas vestes,
Afagarei as tuas mãos gélidas...
Esquentarei-te delicadamente,
E tu me sorrirás, aproximando-se
Tomarás o meu corpo com deleite,
Pois sou tua boneca sem vida.
Nunca amarei-te ou lhe sussurrarei
Palavras de satisfação.
Às noites estarei em tua cama,
Os dias passarei chorosa,
Lembrando de minhas épocas serenas,
Clamando ao passado
Que retorne ou me leve consigo
Aqueles breves tempos esquecidos.
As tardes buscarei maneiras
Suicidas de encurtar esta minha vida,
Essa cina maldita, cansei-me de ser
Uma bonequinha sem vida.
Sou apenas uma bonequinha sem vida...
A bonequinha sem vida... em vida!

domingo, 13 de junho de 2010

Assimetria

Simetria? 
Não, assimetria!
Que me importa a simetria?
Se o meu pensamento
Transborda em linhas
Tortas, multiformes...
Emaranhando-se
Com minhas sensações
Distorcidas, embaçadas,
Confundidas ou isoladas;
Exageradas e inundadas
Por uma vibração latente.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Poemas Passados³

Escrito em: 12/05/2005.
Revisado em: 11/06/2010.


Sinto o gosto dos teus lábios,
Não quero pensar, entretanto sei
Que cada célula em mim quer tocar-te
Muito além de serenos e breves afagos.
Por que tu tinhas que dizer?
Não devias me deixar tão triste...
Não devias me matar assim...
É por que este Mundo está louco?
Nunca achastes aquela pessoa?
Eu posso ter encontrado enquanto
Não procurava, sinto-me perdida!
Sinto que estou morrendo,
A dor em meu âmago crescendo.
Essa triste realidade me corroí
As entranhas, chega de suspirar
Por um rapaz ébrio e insensato.
Nem sei se é pela Solidão
Ou a saudade da mentira,
Daquela sátira, do vento dissipador
Do odor pútrido deste meu corpo,
Neste momento sou apenas um corpo.
E este corpo permanecerá frio na éteria
Luminosidade vibrante deste dia frívolo.
Não estou viva! Não estou mais viva!
Sou apenas uma defunta despedaçada.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Poemas Passados²


Escrito em: 09/05/2005.
Revisado em: 10/06/2010.
Sinto o que precede,
A dor permanece...
Ela me prende, sufocante;
Não me esqueço a confusão,
A Solidão, penso numa possível
Separação, enganando-me por
Morrer ansiando pela absolvição.
Não pensarei mais em tua nudez...
Não lembrarei da tua falta de pudor,
Esquecerei da luxúria embriagadora
E falecerei lamentando a nossa desventura.
As minhas cicatrizes são profundas!
Quem irá chorar por mim?
Se eu choro por ninguém...
Essas lágrimas de outrem,
Lamentastes ante o meu dilema,
Friamente fuzilada pela dúvida.
Morro pela lembrança de uma mentira
Ou pela sátira que formou-se desta ilusão?
Apego-me soturnamente a esta fícticia
Verdade criada para amenizar a DOR!
Fingindo ser isso tudo apenas uma alucinação.
Genniffer Moreira

Lágrimas de amor...

Chorei avidamente por você
Em cada madrugada,
Só me restaram os lamentos.

Foram vãos?
O teu coração é de pedra
Ou diamante?


Não renegue a minha dor,
Minhas lágrimas de amor!
Já não basta a minha morte?

Queres aveludar o sofrimento!
Eu só lamento... E choro:
Lágrimas de amor!

Rejeitada, me entristeço,
Nem um singelo "adeus" me destes,
Apenas malquisestes ao meu idílio.
______________
Obs: Este poema foi escrito em meados de 24.04.2009 e está incluso em meu livro "Lágrimas em Versos" datado deste mesmo périodo. O livro em questão ainda não foi públicado e foi escrito na minha adolescência.

Poemas Passados

Escrito em: 08/05/2005.
Revisado em: 10/06/2010.


A carne é tão fraca,
Qualquer corte cicatriza?
Mais a dor permanece...
Como um bem que me adoece
E vira trauma permanente.
Eu viajarei pelas florestas,
Levarei comigo a Solidão...
Tentarei achar no fim desta
Estrada à tristeza por um ato vão.
Ainda sinto teus dentes mordendo

Minha boca, se fecho os meus olhos
Consigo ver a cena - no espelho
Observo as feridas cicatrizando;
Estou machucada, desolada

Num presídio mental sem encontrar
A saída deste lugar infernal.
A surpresa diante de tua atitude

Me abalou profundamente,
Não imaginava... nunca imaginei

Mais você disse que gostava de mim
Por eu ser sincera, mas...
Você estava ébrio ao ponto

De eu ter que lhe carregar.
Tua nudez hilariante

Constrangeu-me
Abrasadoramente.
Nem sei porque...

Aquele banheiro...
O calor, tuas mãos...
Sabes que não poderia

Fazer-te o que querias de mim,
Sinto, mais o que me pedias

Era algo mui repulsivo,
Eu estava sufocada,

Envergonhada...
Queria morrer.
Se houvesse um modo

De mudar aquele momento
Esteja certo que eu tentaria fazê-lo

Sem nem sequer pestanejar.
Bêbado inconsequente,

Cuidei afectuosamente de vossa
Embriagues e tu me desceste:

"- Está noite foi escrota,
Eu tô muito porre..."

Aproveitando-te de minha tontura,
Nunca imaginei, nunca pensei...

Os teus actos animalescos
Feriram mais do que meus lábios

Naquela obscura noite.
Segunda-feira, pretendia rir

Dessa tua bela face, entretanto
Apenas fiz-me de desentendida,

Passei o dia como se nada tivesse
Ocorrido, esperei tua explicação

Mais nada aconteceu...
Afastou-te dos meus olhares.
Sorrindo torci para que não

Te recordasse, e procurei
Me despreocupar
Clamei que esquecesse,

Mais tu ignorou-me fazendo-se de fugitivo.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Lolitas

(Saya e Kayano de Lolitas)

"O prazer de sua companhia, não tem preço, meu mangá querido."

Lolitas são bonecas humanas,
Meio meninas, meio sapecas
E mulheres infantilizadas.

Lolitas são bonitas,
Bem vestidas e altamente
Requisitadas por homens carentes.

Lolitas, Gothic lolitas, Sweet lolitas,
Country lolitas, Ero lolitas, Wa lolitas,
Guro lolitas, Kuro lolitas, Shiro lolitas...

Lolitas simplesmente são lolitas?
Ou crianças perversas podem
Seduzir pedofílos por tesão?

Lolitas não, lolitas não, lolitas não.
Mais mulheres vestidas de lolitas vão,
Certeiras de chamar à sua atenção!



Risos



A felicidade não é tudo,
Nem é metade,
Felicidade não é nada.
Rir pode te fazer bem,
Mais também,
Rir pode te matar.
Ah, é melhor sonhar?
Não, durma profundamente!
Tenha pesadelos pela noite...


Se eu morrer você vai chorar?
Não, não deve chorar ou gargalhar!
Não, ria devagar, morra por me amar.
Perceba que tudo é uma mentira,
Você é odiada, todos te odeiam,
Chamam-te de imprestável.
Acredite, ser imprestável,
Risadas não irão amenizar
A tua tristeza exemplar.
Continue, vá ser irresponsável,
Surpreenda-se ao constatar
Que ninguém mais em ti confiará.
Cuspa em teus melhores amigos,
Conte mentiras para toda a tua família,
Seja desleal e traiçoeira, sorria amargamente.

sábado, 5 de junho de 2010

Choro



Nem sequer percebo a depressão
Até ser tarde demais para suprimir
Um ataque da razão, apunhalada no coração;
Esse sofrimento árduo e tão austero...
Esta maligna sensação de confusão.

Provo o meu choro misturado com a saudade,
Pela solidão, deitada no meu fútil caixão...
Chorando por não ter uma metade, numa
Agonia de estar perdida na escuridão,
Abstraída totalmente nessa prisão.

Choro por não ter uma doce companhia,
Por não sentir a emoção... nenhuma emoção!
Sem saber o que é amar profunda e loucamente
Sem nenhuma razão aparente, latente em minha mente,
Choro desesperadamente ao saber de minha profunda solidão.

___________
Observação: Este poema foi escrito em 21 de Fevereiro de 2005.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Solitude



Minha Solidão não é mais que uma sensação,
Ignota e dilacerante, envolta nesta casca
Que ousadamente chamo de meu corpo;

Desprendi-me de suas amarras quando
Olvidei dias ermos, placidamente passados
Mediante as fogueiras num campo desolado;


Minha bela musa se chama Solitude!

É para ela que canto e rezo à cada noite
Olhando as estrelas que brilham lá de longe
No céu mais vasto já visto por estes tristes olhos;

Delirantemente me ponho há imaginar sobre
As loucuras que me fazem cortejar a doce
Solidão, perguntando-me se isso é uma obsessão;


Secretamente sei que sofrerei cálidos perjúrios
Por culpa desta minha insana e desgraçada paixão,
Enfim, percebo claramente a cicuta que tomei;

E fui clamando a minha bela musa inutilmente:
Solitude! Solitude! Me ajude! Me ajude!
Solitude, dai-me clemência, bela Solitude!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Florbela, Florbela!


"Se penetrássemos o sentido da vida seriamos menos miseráveis."
"A irônia é a expressão mais perfeita do pensamento."
(Florbela Espanca)


Florbela, Florbela!
Adoro com todo o meu ser
Aos teus Sonetos cheios de Dores,
Sóror e Saudades.
Florbela, Florbela!
Eles me embriagavam em noites
Frias, eu via a chuva caindo
À cântaros, transbordando
No quintal da minha vizinha.
Enquanto, lia distraída
O teu livro de poesias
E me observava sentir
Tudo aquilo que tu dizia
Naquelas mágicas linhas.
Florbela, Florbela!
Agradeço-te pelos versos
Mais belos que já ousei ler.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Alucinações



Sentir profundamente tais elucidações
Displicentes em meu subconsciente
E as repassar por toda a extensão de meu ser.

Expandir minhas energias por
Visualizar essas manifestações ilusórias
Confunde as minhas ramificações periptórias.

Lamentar essas alucinações contradiz
Totalmente a minha razão, porém rogo
Aos desígnios divinos por iluminação.