sábado, 30 de julho de 2011

Adeus, menino louco...


Cruzei os meus braços e sorri
Não me despedi chorando
No silêncio

Falei mentiras doces
Calei as nossas verdades tristes
Deixei esse teu calor sumir aos poucos

Adeus, menino louco...!
Adeus, adeus, adeus, adeus...
Adeus, não. Fique mais um pouco, adeus!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Não é Tudo ou Nada?


Não me chame pra dançar se for pra se mostrar
Não olhe com ar assustadiço pros lados
Não grite antes do filme terminar
Não diga aquelas frases falsas

Não me faça acreditar num recomeço
Não esconda as facas embaixo do tapete
Não demostre carinho quando só sente raiva
Não rejeite os próprios receios por medo da dor

Não se molhe quando as chamas queimarem
Não assuste as moscas com panos quentes
Não bata na porta se a luz estiver acessa
Não falávamos sobre tudo ou nada?

Não é Tudo ou Nada?

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Você já vai tarde!


Não volte mais, nunca mais, não diga adeus.
Não volte mais, não fale nada, não olhe pra trás.
Sim, você já vai tarde, muito tarde!
Você já vai bem tarde!

Eu vou ficar, não, não vou chorar
Ou me lamentar, vá tranquilo, pois
Quando o teu barco for zarpar
Eu vou olhar pro céu.

E vou agradecer por não ver
O teu rosto antes do fim,
Não há nem porque dizer adeus.
Você já vai tarde!

Pena que tu não iras sozinho,
Contigo vão vários pergaminhos
E a maior e mais bela das minhas jóias.
Você já vai tarde, tarde demais!

Me esqueça, você já vai tarde!
E sabe que eu não te quero.
Não te quero mais, não te quero perto.
Você já vai tarde, tarde por demais!


sábado, 23 de julho de 2011

Copos (?)



Copos e corpos celestes
Folhas e flores silvestres
A noite tem sabor de diversão?
Se você gritar eu vou te dizer não
Um batedor profissional me espera no varal
Procuro por um punhal sensacional
Blocos de gelo caem no chão
Galhos partidos
Na imensidão


Copos e taças refletindo o céu
Frutinhas podres tem gosto de fel
A noite eu te verei na mesma situação?
Se você sorrir as estrelas não vão se colidir
Uma atração implica submissão parcial não unilateral
Procure pelas fotos no armário antigo
Ganhe tempo lendo
Na escuridão

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Meus MEDOS Mórbidos


Eu tenho medos mórbidos...
Eu tenho medo de cair num abismo sem fim

Eu tenho medo da tua mascara sorridente
Eu tenho medo dos nossos rostos embaçados

Eu tenho medo daqueles belos corpos esmagados
Eu tenho medo dessas variações de humores mórbidos

Eu tenho medo de uma infinidade alarmante de jogos mortais
Eu tenho medo, muito medo... Eu tenho horror a perda de um amor

domingo, 17 de julho de 2011

Afastamento figurativo

Dale Frank

Nesse momento o definitivo se tornou relativo,
O meu afastamento inofensivo te manteve cativo,
Aqueles dias calmos não passaram de sonhos instrutivos.

Vejo com pesar a nossa amizade se transformando
Em algo figurativo, olhar essas tuas ações tão ignóbeis 
Vai dilacerando meu coração quando penso no teu impeditivo.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Doce Delírio

Dale Frank


Sonhei com imagens de feios recortes
Acordei e apontei pro espelho quebrado
No reflexo não havia ninguém do meu lado
Escondi minha magoa atrás do teu porto seguro
Camuflei meus receios olhando os teus devaneios
Provei o sabor do teu doce delírio antes de levantar
E ao fim te sussurrei o quão doce poderia ser não te amar

terça-feira, 12 de julho de 2011

Explosão

Bem Paraná

Não possuo mais um coração
em seu lugar tenho uma bomba
devidamente ativada para explodir
assim que sentir a tua presença.

Não vejo mais o tempo
ou pressinto as emanações climáticas
quando ouço essas tuas palavras
carregadas de uma sabedoria arcaica.

O meu corpo não suporta mais
catalizar farsas em proveito
dos teus bons costumes, enquanto
te manténs seguro do outro lado do muro.

As minhas fobias de nada servem
nessa hora mui delicada e ao ver-me 
nessa intensa tristeza, ponho as mãos no rosto
para cobrir minha feição cansada e esconder meu choro.

sábado, 9 de julho de 2011

O tempo e o teu (des)amor


Passam dias, passam horas, minutos e segundos
Só não passa essa dor cá em meu interior
Isso me faz sentir tanto calor

O tempo, sempre o tempo, tudo a seu tempo
Que se dane o maldito tempo e o teu (des)amor atípico
Agora o caos abraça as minhas lembranças embaçadas e sorri faceiro

O amor chegou numa hora errada, o amor que não surgiu do nada
Trouxe consigo toda a dor acumulada em nossas carapaças
Esse pequeno afeto se tornou tristeza exagerada

Teus olhares maliciosos não significam nada?
Busco ler nas entrelinhas de teu ser a verdade inversa
Amarguras à parte, desejo-te grandes façanhas e nenhuma riqueza

Vislumbrar a nulidade dos nossos receios apenas satisfaz
O meu ego com uma sagaz certeza: o tempo distraí
E aniquila todos os casos mal-resolvidos

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Contradições Eufóricas



Em cada verso meu encontro um beijo teu,
Em cada sonho meu encontro o calor que é só teu...

Abrir a porta é sempre a pior parte?
Eu tenho medo de acabar tendo um infarte.

Contradigo aqueles versos simples
Na ilusão de obter teus pensamentos falhos.

A euforia não prolonga o meu desgosto,
Por isso, cismo sobre o nada observando o teu rosto.

Essas minhas contradições eufóricas
São a garantia de exibir belos sorrisos ao final do dia.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Chuva de lágrimas




Não chore amiga chuva,
Não chore mais por aquele rapaz,
Não chore, pois para ele tanto fez como tanto faz.

A personificação de tuas tão delicadas
Lágrimas podem rasgar o meu peito facilmente
Quando percebo a dor que tu deveras sentes, amiga chuva.

Essa tua chuva de lágrimas salgadas
Molha o meu corpo e não me intensifica em nada
Além do fato de ter a minha alma aprisionada, chuva amiga.

Ontem já passou, um novo dia começou
E o hoje me mostra claramente a tristeza envolvente
Que todos os seres humanos sentem ao verem tua beleza; querida chuva.

Não chore! Não me esqueça e me aqueça
Antes do Sol, antes do dia clarear, antes da minha dor
Recomeçar a incomodar, pare de chorar e venha correndo me abraçar.

domingo, 3 de julho de 2011

Julho me esfria...


Para L.D.
Julho começa, Junho termina,
Vejo as festas juninas em cada esquina,
Ruidosas elas me envolvem com ar de carnaval.

Não ponho roupas no varal,
As estrelas são como pingos de chuva
E em plena madrugada vejo a rua toda nublada.

Tua falácia misturada com etílicos
Embriaga essa minha razão, não diga não,
Olhe pros lados enquanto me beija e diga que me deseja.

Coloque os braços em volta de mim,
Prenda-se ao meu destino, cole-se ao meu corpo,
Desvende as minhas estranhas obsessões antes do anoitecer.

Crie comigo um novo amanhecer,
Aprenda com o vento sobre os meus segredos
Ou apenas se entreponha junto aos meus mórbidos medos.

Observe, agora os meus versos são todos pra você!
Esqueça aquelas conversas regadas com água morna e suja,
Mostre-me confiança, ou alguma segurança e te direi o meu maior segredo.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Eu (não) lembro


Eu (não) lembro daquele (quase) nada, há tristeza surgindo disso tudo.
As minhas desculpas sinceras não te interessam, as minhas ilusões
São cacos de vidro cortando todas as nossas possibilidades.

Aquela tua frase nunca irá sair da minha parede amarelada!
Eu vou lembrar em todos os momentos e vou chorar
Por não saber te mostrar o teor do meu afeto.

Eu lembro vagamente daquelas primeiras noites, elas eram divertidas
E você sabia o que dizer, enquanto eu apenas me calava aflita
Na esperança de tocar a pureza do teu belo ser.

Relembrar cada gesto, cada olhar e cada sorriso teu tão meu
Faz o meu coração voltar a latejar, não posso fraquejar,
Todavia, a dor parece que vai me sufocar até o fim.