sábado, 30 de outubro de 2010

Preciso de você...³

(...)
Foi apenas um sonho que acabou?
Tornando-me fria e depressiva,
É tanta minha melancolia...
E forte a porfia, chorando por nada,
Vivendo uma farsa... Inferno!

Inferno... Miséria de viver!
Quero ao meu idílio, todavia, não o posso ter...
Inferno... Tristeza corroendo o meu ser!
Meu coração não consegue mais pulsar,
Preciso de você... Necessito ao menos lhe ver!

Porque justamente você?
...eu preciso de você...
...preciso de você...
...preciso de...
...você.

Genniffer L. Moreira

Preciso de você...²

(...)
No vinho bebo o pranto,
Neste meu veneno mui santo,
Pelo cálice do encanto... Penso no falecer,
Eu o quero mais que a morte,
Sonho com você...

Pena que não pode ser; por quê?
Das minhas desventuras, tanta coisa que já fiz...
Todas não se comparam ao querer e não poder,
Eu o quero mais que a morte,
Pois é grande o meu sofrer.

Inferno... Miséria de viver!
Querer sua volúpia e teu ser,
E em seus braços novamente desfalecer...
Eu o quero mais que a morte,
Porque tanto querer?

Eu o quero mais que a morte,
Sempre e sempre até morrer...
Na angústia de esquecerdes
Na tristeza do que não pode ser.
Sonho com você...

Inferno... Agonia de viver!
Miséria, miséria, miséria...
Por quê? A lua me renega, por quê?
Perguntas mil... Sem respostas...
Inferno... Solidão, amo você!

Há da tristeza um grande pasmo,
Na luxuria me engasgo...
Só queria novamente ter você,
Mais como isso pode ser?
Se nunca foste meu nem eu fui tua...
(...)

Genniffer L. Moreira

______________
Observação: Continuação do poema "Preciso de você...", depois deste poste, ainda haverá uma 3ª parte do mesmo.

Preciso de você...

Alva noite, triste chuva...
Lívida emoção, doce como veneno,
Amargo como fel, choro de confusão,
Oh, sensação de vazio no coração...
Inferno... Miséria por não morrer!

Eu quero ter você...
Eu o quero mais que a morte,
Não sei como, mais é um sentimento mui forte.
Abala minh'alma no enredo de tal sorte...
Numa noite, após beber, com ele senti prazer.

Não foi um gozo, seria uma grande atração?
Tonteava-me nos seus braços...
Num frenético impulso,
A dor estava lá, se foi à solidão...
Tristeza eu ainda sentia, acho que até choraria.

Ah, como eu o queria...
Ó triste solidão, lamuria no coração,
Meus desalentos, mórbidos silenciam
Com as lágrimas que rolam em minha face;
Tão triste e tão só... Porquê?

Inferno... Miséria de viver!
Quero meu idílio, mas não o posso ter...
Inferno... Tristeza do meu ser!
Posso afogar-me nos teus beijos?
Pela primeira vez tenho algo que não quero esquecer.

(...)


___________
Observação: Esse poema é muito intenso e extenso, por isso apenas escrevi metade dele acima, o resto tentarei escrever num outro poste, ele também relata um fato importante em minha vida.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

O Leito


Olho ela ao lado dele no leito,
Sonhando acordada com o morto!

Sobre o leito... Enrolado nos lençóis
Está o morto, dormindo eternamente,
Sonhando com o nada.

E o leito está frio,
É madrugada!
Lá fora neva...

Vejo a nudez do morto!
Ele congela sobre o leito,
O morto. É aquele intocado!

Genniffer L. Moreira

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Decadência


Vê-la me atormentava,
Obrigando-me a continuar...
A pessoa solitária em silêncio!

Oh... é a decadência?
Vejo mãos fitadas e cortadas
Nesta obtusa madrugada.

Ei, eu não me matei por vós,
Foi a demência, a insensatez;
A frieza de meu espírito...

Na decadência, esperei
O teu penoso “Adeus”
Intrínseco, como um zumbi.

E as noites ao pensar em ti
Descontei algumas lágrimas,
Embora você nem as merecesse!

Tornei-me um anjo decaído,
Na negrura da noite sem luar
Postei tua existência em dúvida.

Desisti da dor, lamentei o amor,
Cobicei essa tua voz melodiosa
E com tristeza te deixei...

domingo, 24 de outubro de 2010

Minhas Musas, eternas e poéticas

"Enquanto eu tiver perguntas e não houver respostas... continuarei a escrever."

"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro."

"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento."
(Clarice Lispector)

"Quem me dera encontrar o verso puro,
O verso altivo e forte, estranho e duro,
Que dissesse a chorar isto que sinto!"

"(...) Ei não gosto do Sol, eu tenho medo
Que me vejam nos olhos o segredo
Que só saber chorar, de ser assim…

Gosto da noite, imensa, triste, preta,
Como esta estranha e doida borboleta
Que eu sinto sempre a voltejar em mim!"
(Florbela Espanca)


Quisera um dia poder expressar
Em versos o que essas musas
Expressaram nos seus poemas

Quisera poder escrever
Em umas poucas linhas
A emoção que sinto

Reverberar em meu peito
Ao lembrar de Florbela
E Clarice, eternas são elas

Minhas Musas, eternas e poéticas
Eram almas sensíveis demais
Para nós, que somos pobres mortais

Genniffer L. Moreira

sábado, 23 de outubro de 2010

O beijo

O beijo, meu beijo,
Teu beijo, nosso beijo
Me atiça o desejo;
Juntamos, colamos
Nossos trêmulos
Lábios num único
Instante para eternizar
O ato pelo qual  
Ansiávamos nestes
Longos anos, passar
Décadas sem provar
O teu sabor peculiar
Fez meu corpo arrepiar
Só de imaginar
O nosso modo de beijar.

Genniffer L. Moreira

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Entorpecente Solução


A minha entorpecente solução
É o veneno... a falta de razão,
Qual a entorpecente solução
Para nossas dúvidas e lamentações?
No findar deste dia... inexistirei?
O (meu) medo não importa,
É ele que fecha a porta!
A fulminante crise existencial
Domina o mundo surreal...
Deste banal e incógnito ser.


Genniffer L. Moreira

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Idade errada...


Quando eu nasci já tinha o ar
De pessoa idosa e cansada,
Sinto que tenho a idade errada,
Suspiro pela velhice exagerada
E sussurro ao vento que me leve
Em sonhos no dia do meu padecimento.
Aquelas flores vermelhas murchando
Naquele vaso tão rico me dão desgosto,
Olhar a paisagem apenas distraí breve
E fragilmente a minha mente, estou doente,
Demente, sou uma pessoa deprimente, isso
Se torna evidente a cada dia que passa...
Idade errada, eu tenho a idade errada,
Nasci da forma errada e no momento
Urgente de viver uma ilusão latente,
Novamente vejo as flores e sinto
A tristeza que elas parecem transmitir,
Enquanto o vaso não me transmite nada.

Genniffer L. Moreira

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Despeito ou Desrespeito?


Qual a palavra certa para designar
Ao ato incauto de observar teu peito
Reverberar ao ser tocado pela incerteza
Do que pode te abalar? O Despeito outrora
já foi chamado de dor intensa por motivos
Pragmaticamente esdrúxulos? O Desrespeito
Me parece ser a fonte das elucidações trágicas
Que avassalam o meu espírito demente.

Genniffer L. Moreira

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A emoção em ação



Você já percebeu a tensão provocada
Pela simples menção de uma rejeição?
Os nossos nervos se dissolvem ante
O primeiro sinal de uma desilusão.


A emoção em ação é ardilosa, quando
Tal situação se comprova levemente
Em nosso psiquismo falho, ficamos com
O coração em frangalhos.


E neste estado de espírito cometemos
As piores e mais absurdas baixezas
Que a parca imaginação eleva à categoria
De preservação, ou de defesa; tola fantasia.


A emoção é uma ação traiçoeira, rasteira
E convenhamos, ela é sempre certeira!
Nada no mundo consegue ser tão envolvente,
Enquanto nos transforma em criaturas dementes.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Sei que...



Sei que... Realmente sei que...
Sei que a flor murchou, eu sei que
O dia acabou e meu tempo expirou.


Sei o quanto nada faz sentido,
Pois o meu ser em cólera se funde ao
Medíocre pelejar de um morto-vivo.


Pelo qual, sei que o tempo acaba,
E não te tenho comigo... Isto eu sei!
E prendo-te a este coração que sofre.


Sei que... Só sei que... Não sei! Nada sei!
Absolutamente nada sei... Amo o teu ódio?
Odeio o teu amor, nunca me deixe, por favor!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Distância


Não existe o termo que separe
A tua loucura da minha criatividade?
Distância, distante, distinta, destroçada...
O que você não diz nas entrelinhas?

A tua boca abre, ela fica aberta e nada,
Nenhum som ou ruído é audível, enquanto
Teus olhos vão se fechando lentamente
E percebo a dor que tu deveras sente.

Nesse instante a minha boca se contraí
Nervosamente, não digo nada, sofro calada
Toda a meia hora que se passa, tua pupila
Se dilata, todo o teu ser parece doente.

A distância se faz presente, nossa ligação
Já não existe, somos estranhas criaturas
Amarguradas, nossos destinos se descruzam
Neste breve intervalo, e nenhuma palavra será dita.

Não haverá um "até breve", ou um "se cuide", nem
Mencionaremos nossos nomes, a tua voz, tua doce voz
Não é por mim ouvida, tuas carícias terão que ser por mim
Esquecidas; apertaremos as mãos e tudo terminará?

Genniffer L. Moreira

Pietro

pietroantesdenascer.jpg

O que será de você? Bebê Pietro,
Pobre Pietro, nascerá num lar
Que não é própriamente um lar.

Querido, não chore quando pensar
Na estranha vida que você levará,
Pois a sua tia-avó tentará lhe ensinar...

Que as coisas não são perfeitas,
Elas vão se lapidando no decorrer
Da vida e a felicidade não pode esperar.

Pietro, sinta-se amado mesmo nas horas
Difíceis, as melhores memórias desse mundo
Levamos coladas e entrelaçadas umas com as outras.

Genniffer L. Moreira

sábado, 9 de outubro de 2010

Existêncialismo


Tal existêncialidade sólida não é
Condizente com este meu eu-lírico,
Onírico, ausente, deprimente, demente.

Ver a realidade como verdade
Não significa que meu existir vai
Muito além do meu reflexo espelhado.

O Existêncialismo não consegue ratificar
A fatalidade da minha falta de alusão
Na exactidão de um dia ser esquecida.

Genniffer L. Moreira

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Victims - Culture Club

Tradução: As vítimas

Nós conhecemos tão bem,
Elas brilham em seus olhos
Quando beijam e contam [sobre]
Lugares estranhos que nunca vemos.
Mas você sempre está lá,
Como um fantasma em meu sonho.
E eu continuo te falando:
"Por favor, não faça as coisas que você faz."
Quando você faz aquelas coisas
Puxa meus fios de marionete.
Eu tenho o mais estranho vazio em relação a você...


Nós amamos e nunca distinguimos
O que coloca nossos corações no poço dos desejos.
O amor nos conduz para dentro da correnteza
E é afundar ou nadar,
Como sempre tem sido.
E eu continuo te amando,
É a única coisa a fazer.
Enquanto o anjo canta
Existem coisas superiores [que]
Eu possa dá-las todas para você?


Puxe os fios da emoção,
Pegue uma carona num prazer desconhecido.
Sinto-me como uma criança
Em uma noite escura,
Desejando que houvesse algum tipo de céu.
Eu poderia estar aquecido com você sorrindo,
Estenda sua mão por um momento.
As vítimas
Nós as conhecemos tão bem...


REFRÃO:
Mostre para meu coração um pouco de devoção,
Afaste pro lado aqueles que sussurram "jamais".
Sinto-me como uma criança numa noite escura,
Desejando que nós pudéssemos passá-la juntos.
Eu poderia estar aquecido com você sorrindo,
Estenda sua mão por um momento.
As vítimas
Nós as conhecemos tão bem, tão bem...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Me deixe

 


Deixe-me, saia daqui, me deixe...
Estar com você só piora tudo, não vê?
Volte para teu sepulcro, lá estarás melhor.

Não se importe tanto comigo, me deixe...
Sei me cuidar, posso me virar, sozinha!
Você piora absolutamente tudo, não vê?

Deixe-me sozinha, posso tratar as feridas,
Pare de ferir-nos por nada, deixe passar...
Antes que eu sinta raiva de você, me deixe...

Enquanto não é tão tarde, saia daqui!
Apenas deixe o tempo passar, ele cura tudo;
Não sangre tanto, ainda há uma vida por vir...

Procure sanidade, adquira experiência, me deixe...
É difícil te esquecer, mas vou tentar!
Corto meus pulsos, minha garganta, mais esqueço!

É melhor desse jeito, assim não sangrarei tanto.

Genniffer L. Moreira

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Valeriane


Laboratório: Nikkho

Apresentação de Valeriane: Drg. 50 mg cx. c/ 20 un.

 Informações ao paciente:
Valeriane é um medicamento fitoterápico, sem efeitos hepatotóxicos ou nefrotóxicos, à base de extrato seco de Valeriana officinalis, que contém sesquiterpenos (ácido valerênico e seus derivados — valerenal, ácido acetoxivalerênico e ácido hidroxivalerênico) e valepotriatos (diidrovaltrato, valtrato e acevaltrato), estandardizados e estabilizados. Os valepotriatos possuem uma ação ao nível do corpo amigdalóide e sobre o hipocampo, demonstrando uma certa semelhança com os timolépticos e com os benzodiazepínicos. Possuem, ainda, uma ação espasmolítica, provavelmente por influenciarem na entrada de cálcio nas células musculares. Os sesquiterpenos, cujo principal constituinte é o ácido valerênico — encontrado na Valeriana officinalis —, agem, ao nível bioquímico, inibindo o sistema enzimático responsável pela degradação do ácido gama-aminobutírico cerebral, resultando numa redução da atividade do sistema nervoso central e num efeito estabilizante sobre o sistema nervoso autônomo, desta forma, (...).

Indicações:
Valeriane está indicado para o tratamento das alterações provocadas pelo desequilíbrio do sistema nervoso autônomo, estados de tensão, estresse e nos distúrbios do sono.

Contra-indicações:
Valeriane está contra-indicado em pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula.

Advertências:
Atenção: Este medicamento contém Açúcar, portanto, deve ser usado com cautela em portadores de Diabetes. Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas.

Uso na gravidez:
Durante a gravidez e lactação, o produto deve ser utilizado sob estrita orientação médica. Como qualquer outro medicamento, não se recomenda sua utilização no primeiro trimestre da gravidez.

Interações medicamentosas:
Embora existam relatos de efeitos aditivos com o uso de Valeriana officinalis L. concomitante com depressores do Sistema Nervoso Central, tais como álcool, benzodiazepínicos, barbitúricos e opiáceos, em animais de laboratório, os mesmos não foram observados em seres humanos, até o momento. Entretanto, mesmo assim, não se recomenda o uso de Valeriane com tais substâncias.

Reações adversas / Efeitos colaterais:
Em geral, Valeriane é bem tolerado. Entretanto, raramente, podem ocorrer sensações de queimação retroesternal, dispepsia, diarréia ou reações alérgicas cutâneas. Em indivíduos suscetíveis, raramente podem ocorrer efeitos semelhantes aos da cafeína, como taquicardia e insônia. Tais efeitos desaparecem com a interrupção do medicamento.

Posologia:
Adultos: 1 a 2 drágeas, três vezes ao dia, por 21 dias. Após esse período, 1 drágea, duas vezes ao dia, a critério médico. Crianças acima de 10 anos: 1 drágea, duas vezes ao dia, a critério médico. Crianças até 10 anos: 1 drágea ao dia, a critério médico.

Superdosagem:
Até o momento, não existem relatos de casos de superdosagem.

Minhas Obs: Esse é meu atual remêdio. Espero que funcione!