segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Macapá Moderna



Hoje somos jovens e nada compreendemos
Sobre o passado triste e doloroso de Macapá.
Essa cidade em que a Fortaleza é exaltada
Já deve ter sido uma vila esquecida pelos
Homens portugueses, os índios bem sabem
Das venturas dessa nossa terra tucuju-ju-ju-ju.

Hoje Macapá não transparece essa vileza
De um tempo calejado em que as mãos
Daqueles negros azarados foram sangradas
Ao carregar rochas imensas e lodosas, sabe
Deus de onde elas vieram, só vemos a beleza
Dessa enorme e velha Fortificação amapaense.

Hoje vemos uma Macapá Moderna, rimos
Das desgraças dos 253 anos e na verdade não
Sabemos se nossas risadas vão durar. Pobre
Povo, pobre gente iludida, imaginando uma luz
Salvadora, enquanto nossas ruas, nossas árvores
E nossas vidas são desconsideradas e molestadas.

___________
Obs: Poema em homenagem os 253 anos de Macapá, minha cidade tão querida.

sábado, 29 de janeiro de 2011

Corações Desesperados



Existem corações malcriados
Existem corações enamorados
Existem corações sincronizados
Existem corações desesperados

Existem corações desabitados
Existem corações plastificados
Existem corações avermelhados
Existem corações desesperados

Existem corações afobados
Existem corações maliciosos
Existem corações descartados
Existem corações desesperados

Existem corações folgados
Existem corações azarados
Existem corações solicitados
Existem corações desesperados

Existem corações e corações
Existem corações apaixonados
Existem corações desgovernados
Existem corações desesperados

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Mentiras

Mentiras, apenas mentiras
São contadas e repassadas
Quando se fala sobre o amor?

Mentiras, apenas mentiras
São contadas e aumentadas
Quando se fala sobre a dor?

Mentiras, apenas mentiras
São contadas e grifadas
Quando se escreve sobre o Amor?

Mentiras, apenas mentiras
São contadas e ressaltadas
Quando se escreve sobre a Dor?

Mentiras, Amor, Dor e todas
As outras sensações lancinantes,
Fascinantes que compõem a melodia
Dessa tua linda fantasia são poesias?

sábado, 22 de janeiro de 2011

Selo novo, novíssimo.


Olá, saudações meus queridos e minhas queridas! Hoje o post é no mínimo ultra especial, mega especial, pois ganhei um belíssimo selo da minha adorada Lara Utzig.
Eu só posso dizer que estou muito encatada e agradecida por receber esse formoso selinho! xD Thanks baby and... Hehe... Arigato, querida Larita.

Informações sobre mim:

Nome: Genniffer de Lima Moreira
Humor: Provavelmente equilibrado.
Cor: Lílas
Estação: Inverno.
Como prefere viajar: confortavel em um acento na primeira classe. (risos, nem viajar na ecônomica eu consigo, imagina viajar em grande estilo).
Seriado: Nikita
Frase ou palavra mais dita: "Vou dormir só +um pouco!"
O que achou do selo: É, quem inventou o selo gosta mesmo de superlativos... Que bom que eu também gosto. Hohoho...


E os meus indicados são:


Agradeço novamente a minha queridíssima Lara Utzig do blog Mensagem Efêmera por ter lembrado de minha humilde pessoa e me indicado em seu belo blog. E é isso minha gente, tenham uma ótima noite e fiquem com Deus.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Aquilo não brilha?


Aquilo não é um estrela!
Aquilo não está onde deveria estar.
Aquilo não brilha?
Aquilo não parece flutuar!
Aquilo não tem jeito de energia lunar.
Aquilo não brilha?
Aquilo não emite luz ou trevas!
Aquilo não pode estar voando devagar.
Aquilo não brilha?

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Palavras


Palavras, apenas palavras, palavras pequenas
Ou grandes palavras, só são palavras jogadas
Ao vento e recitadas no momento errado...

Palavras, elas não são mais coloridas ou menos
Nítidas só por serem palavras subjugadas nem
Podem ecoar no outro lado do planeta Terra.

Palavras, eu tenho medo daquelas palavras
Murmuradas com ódio, tenho receio dessas
Maldições compostas de tantas palavras.

Palavras, somente as mais belas são usadas
Para descrever a emoção de compreender
A essência ilustre e pura da razão quando 
Se ama, embora haja a confusão mundana.  

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Cansaço


É cansaço, todavia, não se resume no ato de sentir o corpo pesado, o meu estado físico supera essa sensação característica no momento de esconder a dormência e retrair os nervos. As estranhas imagens vão aparecendo atrevida-mente em meu receptor visual, não vejo conexões ou ligamentos, apenas pressinto a chegada de novas formas e diferentes camadas entrelaçadas com meus fluidos energéticos.

Calcularia a fragilidade se me fosse possível codificar cada célula deste meu pulsante coração, pois chegar ao fim de um ciclo sem saber o maior mistério envolvendo meu espírito é sem dúvida a pior das maldades que o véu do esquecimento me proporciona. E não se pode lamentar pelo acaso, não se pode estranhar o nebuloso passado e só nos resta apreciar o nosso próprio cansaço. 

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Ruminações

Ele não viu a chuva antes dela cair,
Nem procurou um agasalho macio
Na hora de partir, aquelas gotas
Frisavam sua pele amedrontada.
Elas o fizeram sentir a brisa fresca
Como se fosse uma rajada de ar
Congelando todos os seus nervos.
Sem entender o vil subjectivismo
No azul do mar, o menino buscou
Uma força singular na razão avessa
Aquela da qual sabia lhe permitir
Esclarecer as madeixas do Ser.


terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Nunca Mais


Ele me diz: Nunca mais!
Ela lhe diz: Tanto faz!
Eu penso: Não sei mais...

Ele lhe diz: Eu desisto!
Ela me diz: Eu insisto!
Eu penso: Só me deixem,
Porque eu quero paz.

Ele me diz: Não faço mais.
Ela me diz: Será que ele não faz?
Eu penso: Pior que é capaz, ele
Não consegue, ela não se controla.
Eles são dois idiotas, totalmente iguais.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Na Janela do Quarto


Na janela do quarto... Da janela do meu quarto
Vejo tantas cores e objectos, vejo a chuva, os raios 
Solares e percebo a tristeza dos pobres mortais 
Que vão passando, passando sem olhar para mim.

Eles passam e não param, não olham e nem sabem
Que alguém os observa, enquanto andam pela rua,
Nenhum desses indivíduos parece sorrir, para mim
Estão vagando sem rumo ou deixando a vida passar. 

Eles se isolaram na multidão... Eles deixaram o vazio 
Simplesmente os dominar; olhar essas criaturas não
Me transmite alegria, sinto as dores, suas dores, então
Eu não quero entender a sensação de ser assim, não.

Eu gostaria de vibrar com pensamentos emocionantes,
Sorrir para os passantes sabendo as cismas interiores
Desses estranhos farsantes, entretanto, a verdadeira
Realidade é funesta, pois na janela do meu quarto...

Da janela do meu quarto não se pode ver nada além
De um muro acinzentado, e ele me prende nesse quarto,
Na janela do meu quarto, dela só posso ver uma parte
Do céu nublado, nada nem ninguém passa por aqui ou sorri.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Dor de Amor



O meu amor me detesta, e eu penso: tudo bem já que ela não presta.
Os meus olhos castanhos estão vermelhos por culpa dela, chorei por ela.
O meu melhor sorriso já não parece tão confiante, meu rosto virou uma bela 
máscara de prata, o desgosto fez minha face se tornar acinzentada. E ainda que 
ela viesse dizer coisas doces ao meu ouvido não poderíamos voltar no tempo.

O meu consolo é imaginar um futuro sem a presença voluptuosa dela.
Os meus sonhos mudaram de perspectiva depois que ela saiu vociferando
milhões de palavras abjetas. Naquele dia percorri um longo caminho até vê-la
agredindo estranhos na rua. Então entrevi a personalidade doente da minha amada
boneca, eu decidi escapar daquele relacionamento, todavia, agora me lamento.