terça-feira, 11 de outubro de 2011

Céu Avesso



Olha bem o tentáculo deste polvo morto
Come o verme branco e fino há lhe sair do ventre
E come a água-viva que lhe choca o corpo frio

Ao mesmo tempo faz-se quente a carcaça murcha
Daquele rei dos mares, estranho a todos
Agora no apogeu de tão bela morte

Nítida certeza aponta
Para o azul

2 comentários:

  1. me lembra uma poesia que li do Fernando pessoa, gostei bem existêncial u.u

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  2. Tu tava viajando na curicaca mesmo... rsrs cara, é alucinante a clareza aprofundada em poucas palavras de um polvo morto. parabéns!

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