sábado, 3 de dezembro de 2011

Azulada


Olhar sem ver, sentir a luz pulsar
Beijar certezas e depois deixar pra lá
Sorrir dormindo ao lado de uma doce fantasia

Abrir os olhos e cismar sobre o luar
A lua azulada no formato do teu sorriso
Ver sem querer um eclipse dançando no infinito

Fechar a porta ao amanhecer
Escutar o teu canto sereno na cor azul
Subir montanhas em pensamento, tocando estrelas

Abraçar o calor do teu corpo
Esquentar a pedra de gelo daquele casebre
Contar as horas nos dedos dos pés

Preferir a incerteza do teu afeto
Proferir aquelas pilherias costumeiras
Desejar o perfeito sabor dos teus lábios molhados

Esquecer o passado no desenrolar das horas
Agradecer ao inevitável por não intervir nesse instante
Professar um encantamento atemporal na tua sala de jantar

Azulejar as idéias olhando teu rosto
Rezar para a Lua iluminar o nosso caminho
Registrar tudo num velho e amarelado pergaminho

3 comentários:

  1. Eu gostaria de comentar, mas fiquei sem palavras.

    ResponderExcluir
  2. Não fique sem palavras ... ler um escrito desse porte e não falar nada ?

    Pois bem ... a doce fantasia do sorriso não se afasta com a ligeira tentativa de manter-te ao lado ...
    O passado já passou ... o futuro é incerto ... o que permanece entre a gente no desenrolar das horas no observar do céu sereno é o presente ...
    Grandes beijos
    Faça com que seu presente sempre SEJA

    ResponderExcluir
  3. Eu mesmo fico sem palavras quando re-leio este poema. O sentimento vira nostalgia e cola em meu coração.

    ResponderExcluir

Não se acanhe e comente!