segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Secreta Sensação


Secretamente forcei meu coração a sentir impulsos vertiginosos
Sinceramente falei dos impulsos e não controlei meus medos mórbidos
Suspirei e sussurrei ao vento um grito desesperado com gemidos prolongados
Soltei os fios da minha boneca de porcelana antes dela fugir sem rumo
Sabendo das diversas sensações proibidas aos não tão abjetos

No inicio o sabor daqueles sonhos era doce como o mel
Na metade do ano esse sabor tornou-se amargo no fim dos sonhos
Nenhum desses lindos sonhos acabava com sorrisos e promessas cumpridas
Nivelei certos pesadelos e apontei as minhas falhas mais queridas
Nunca consegui colher todas as tuas delicadas margaridas

Apertei meu corpo junto ao corpo de um desconhecido
Abraçando uma tristeza alheia no olhar brilhoso daquele individuo
Alterei todos os verbetes no final de tuas frases e fiz uma canção de ninar
Alimentei em segredo as ilusões de uma paixão fadada ao fracasso
Arrumei a sala deixando o quarto ficar inteiramente sujo

Observei do alto de meu abismo interior as árvores queimando
Obriguei-me a não chorar pela dor de minhas amigas esverdeadas
Olhei para a terrível brincadeira do fogo rezando por uma chuva divina
Ofegante e confusa me atirei naquelas belas chamas vermelho-alaranjadas
O meu corpo foi queimando lentamente pouco depois acordei assustada pela sede

2 comentários:

  1. Entre o secreto e o proveitoso tudo insiste em retratar lembranças ...
    Acontece que nem sempre as lembranças são boas e nem tudo fora assim tão doce como o mel ...
    Talvez tenha sido um sonho profundo e danoso... mas os sonhos não são apenas sonhos ...
    bjoo

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