quinta-feira, 27 de maio de 2010

Tantas Coisas



Observar o tempo passar
Me fez lembrar daqueles dias,
Dos Momentos, de quando eu era
Uma bela, jovem e doce menina.

Hoje tudo me parece diferente,
É estranhamente fora de eixo olhar
O céu azul coberto de fumaça, me deixando
Tonta e olhar o chão me entristece.

A cada gota da chuva eu penso
Em aliviar-me destas lágrimas
Para não ser pega chorando pela
Solidão e não ser vista tão fragilizada.

Tantas coisas passaram e o que me restou?

Olhando meu corpo vejo os diferentes
Traços realçados, curvas nada acentuadas
E interiormente sinto-me aquela criança
Solitária e silenciosa, paralisada.

Há imaginar um mundo novo
Só meu ou seu e meu... (in)diferente!
Transbordante de possibilidades
Indistintas aos olhares plácidos.

Cada coisa evidenciei neste lugar,
Cada verso estridente, salutar,
Cada sonho ausente, inconclusivo
E ainda assim envolvente.

Tantas coisas para serem documentadas
Por meu catalisador de emoções
Que me inebriam o pensamento
Embaçando as percepções exteriores.

Se essas coisas se dissolvessem no ar
O que seria de minha personalidade?
E dos seus significativos peculiares
No decurso de minha vil existência?


___________
Obs: Escrito em 26/05/2010 às 16h50min e
Revisado em 27/05/2010 às 19h30min.

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