terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Fragilidades


Ela permanece sentada no meio da sala
Esperando por um telefonema
Não consegue se concentrar
Resolve terminar a barrinha
De crochê da mantinha do bebê


Ela ouve a canção do passar
Ritmado de carros indo e vindo
Virando e sumindo na estrada
Esburacada que foi construída
Em frente a sua casa

Ela sabe que o rapaz não sente
Algo como o que ela sente por ele
Por isso entende o fato dele 
Não ligar
 Essa verdade indesejada
Só vai ser ignorada até a hora do jantar

Ela suspira um pouco no momento
E chora um tanto antes de se deitar
O ressentimento não tarda
A sua agonia
Fragilidades à parte
Nenhuma

3 comentários:

  1. É...faz parte saber lidar com as verdades indesejadas né?

    bj

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  2. com o tempo ficamos mais atentos a essas coisas da vida, e passamos a nos importamos mais com nos mesmo, talvez seja por isso que a solidão e o egocentrismo reina, mas fazer o que tudo isso faz parte da vida....
    bj´ssss

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  3. Gostei dessa tua nova fase poética. *-*

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