terça-feira, 13 de julho de 2010

Névoas de Inverno


Meus poemas... tristes,
Chorosos, lamuriosos...
Observá-los laguidamente
Lembrando das névoas de Inverno,
Daquelas paisagens mirabolantes 
Entre o ser e seu espírito.

Vivemos violados, no escuro,
Frio, gélido está meu coração,
Não, nunca te pedirei perdão...
Sortudo é quem senti, degustando
Vagarosamente o líquido ardente,
No veneno há o gosto do sangue.

Puro e envolvente sobre os
Lábios de um demente.

No céu - hipnotizante vazio
Envolto por fumaças azuladas,
Amareladas, acinzentadas pelo inverno,
Está agora enevoado, opaca-mente bélico,
Como naquela manhã na primeira vez
Que te notei... sorrindo, me alegrei...

Tua voz se dissipou no ar,
Enquanto o teu olhar
Envolveu-me por completo,
Deslumbrante era o teu olhar,
E eu acabrunhada, paralisada
Te vi passar por entre névoas.

Mesmo sendo uma moça
fria e sombria, eu sorria.

Tu parecias um fantasma,
Destacando na paisagem
A essencialidade macabra
De toda a minha morbidez;
No teu rosto um sorriso frívolo,
Me é hoje meio que esquecido...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não se acanhe e comente!