Meus poemas... tristes,
Chorosos, lamuriosos...
Observá-los laguidamente
Lembrando das névoas de Inverno,
Daquelas paisagens mirabolantes
Entre o ser e seu espírito.
Vivemos violados, no escuro,
Frio, gélido está meu coração,
Não, nunca te pedirei perdão...
Sortudo é quem senti, degustando
Vagarosamente o líquido ardente,
No veneno há o gosto do sangue.
Puro e envolvente sobre os
Lábios de um demente.
No céu - hipnotizante vazio
Envolto por fumaças azuladas,
Amareladas, acinzentadas pelo inverno,
Está agora enevoado, opaca-mente bélico,
Como naquela manhã na primeira vez
Que te notei... sorrindo, me alegrei...
Tua voz se dissipou no ar,
Enquanto o teu olhar
Envolveu-me por completo,
Deslumbrante era o teu olhar,
E eu acabrunhada, paralisada
Te vi passar por entre névoas.
Mesmo sendo uma moça
fria e sombria, eu sorria.
Tu parecias um fantasma,
Destacando na paisagem
A essencialidade macabra
De toda a minha morbidez;
No teu rosto um sorriso frívolo,
Me é hoje meio que esquecido...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não se acanhe e comente!