sexta-feira, 4 de junho de 2010

Solitude



Minha Solidão não é mais que uma sensação,
Ignota e dilacerante, envolta nesta casca
Que ousadamente chamo de meu corpo;

Desprendi-me de suas amarras quando
Olvidei dias ermos, placidamente passados
Mediante as fogueiras num campo desolado;


Minha bela musa se chama Solitude!

É para ela que canto e rezo à cada noite
Olhando as estrelas que brilham lá de longe
No céu mais vasto já visto por estes tristes olhos;

Delirantemente me ponho há imaginar sobre
As loucuras que me fazem cortejar a doce
Solidão, perguntando-me se isso é uma obsessão;


Secretamente sei que sofrerei cálidos perjúrios
Por culpa desta minha insana e desgraçada paixão,
Enfim, percebo claramente a cicuta que tomei;

E fui clamando a minha bela musa inutilmente:
Solitude! Solitude! Me ajude! Me ajude!
Solitude, dai-me clemência, bela Solitude!

3 comentários:

  1. Oi, sou do Blog Respirando Arte, você passou lá e teve a gentileza de me seguir, estou aqui retribuindo e também para lhe dizer que gostei muito dos seus pensamentos! Abraços!

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  2. Que expressividade! Senti-me como se lesse Álvares de Azevedo agora. Parabéns, minha querida! Perfeito, amei *--*

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  3. Lara: Ah, nem chego aos pés do Álvares de Azevedo. Mais fico grata pelos elogios. ;****~

    Davi: Obrigada, gostei muito do respirando arte! ^^

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