quinta-feira, 10 de junho de 2010

Poemas Passados

Escrito em: 08/05/2005.
Revisado em: 10/06/2010.


A carne é tão fraca,
Qualquer corte cicatriza?
Mais a dor permanece...
Como um bem que me adoece
E vira trauma permanente.
Eu viajarei pelas florestas,
Levarei comigo a Solidão...
Tentarei achar no fim desta
Estrada à tristeza por um ato vão.
Ainda sinto teus dentes mordendo

Minha boca, se fecho os meus olhos
Consigo ver a cena - no espelho
Observo as feridas cicatrizando;
Estou machucada, desolada

Num presídio mental sem encontrar
A saída deste lugar infernal.
A surpresa diante de tua atitude

Me abalou profundamente,
Não imaginava... nunca imaginei

Mais você disse que gostava de mim
Por eu ser sincera, mas...
Você estava ébrio ao ponto

De eu ter que lhe carregar.
Tua nudez hilariante

Constrangeu-me
Abrasadoramente.
Nem sei porque...

Aquele banheiro...
O calor, tuas mãos...
Sabes que não poderia

Fazer-te o que querias de mim,
Sinto, mais o que me pedias

Era algo mui repulsivo,
Eu estava sufocada,

Envergonhada...
Queria morrer.
Se houvesse um modo

De mudar aquele momento
Esteja certo que eu tentaria fazê-lo

Sem nem sequer pestanejar.
Bêbado inconsequente,

Cuidei afectuosamente de vossa
Embriagues e tu me desceste:

"- Está noite foi escrota,
Eu tô muito porre..."

Aproveitando-te de minha tontura,
Nunca imaginei, nunca pensei...

Os teus actos animalescos
Feriram mais do que meus lábios

Naquela obscura noite.
Segunda-feira, pretendia rir

Dessa tua bela face, entretanto
Apenas fiz-me de desentendida,

Passei o dia como se nada tivesse
Ocorrido, esperei tua explicação

Mais nada aconteceu...
Afastou-te dos meus olhares.
Sorrindo torci para que não

Te recordasse, e procurei
Me despreocupar
Clamei que esquecesse,

Mais tu ignorou-me fazendo-se de fugitivo.

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